17 fevereiro 2014 arquivado em: Blog
Olá, pessoas! Hoje vim trazer pra vocês algumas dicas preciosas sobre ilustração. Na verdade, não exatamente sobre ilustração, mas sobre… Bem, o que ilustrar. Sabe quando você quer muito desenhar alguma coisa, mas não faz ideia do que? Quando você pega a folha em branco, e passa horas olhando pra ela, sem reação? Ou quando simplesmente você acorda com um bloqueio criativo horrível e não sabe mais o que fazer pra se livrar dele? Bem, seus problemas acabaram 🙂 
Uma coisa que sempre me perguntam em entrevistas é: o que te inspira? E acho que essa é uma das perguntas mais loucas de responder, porque qualquer coisa me serve como inspiração. Uma paisagem, uma música, uma pessoa, um objeto, uma mudança de temperatura, ímã de geladeira… Mas de qualquer maneira, é essa inspiração inicial que acaba me motivando a desenhar. Então vamos à primeira dica:
#1 busque inspiração
Às vezes, eu acordo de manhã cedo pra dar uma voltinha nas redes sociais e ver o que as pessoas tão fazendo. Hoje, por exemplo, descobri o Tiago Iorc no Facebook, através do meu feed pessoal, mesmo; assisti a uns três vídeos dele e, junto com esse tempinho de chuva que tá fazendo aqui em Fortaleza, já fiquei com vontade de desenhar alguma coisa warmy. Quentinha, aconchegante, cinza, azul, café, fumaça. Tá vendo? É como se uma coisa levasse à outra.
Outra opção são as redes Pinterest, Tumblr e We ♥ it. Sempre que eu tô com bloqueio, dou uma olhadinha por lá e, se não encontro nada que me motive a desenhar, pelo menos salvo uma porção de imagens pra desenhar depois.
E muitas vezes descubro vários ilustradores incríveis nessas redes, que passam a ser minhas novas inspirações e objetos de estudo, e assim sigo nessa eterna e cotidiana reciclagem 🙂
#2 busque referências
Quando você já começa a ter alguma ideia do que quer fazer, então um bom passo é o de buscar referências. Pode ser referências de poses, de cores, de composições visuais, de técnicas, músicas, cartela de texturas, objetos, roupas… Tudo que te ajude a trabalhar mentalmente teu projeto de ilustração. Então vamos supor que eu quero ilustrar alguma coisa sobre princesas. A primeira coisa que faço é digitar “princess” (geralmente, a gente consegue mais resultados quando faz a busca em língua estrangeira) em todos os portais de imagem que conheço, e assim eu recebo uma carga enorme de informação visual.
Só o Tumblr já me deu referências de poses, de quadros, de ilustradores que trabalham o tema, de cartela de cores, de fotografia e de frases/quotes. Agora é só esperar pra ver o que você vai absorver de todo esse aparato de imagens, e ver o resultado no seu desenho 🙂
#3 busque cartela de cores
Muitos estudiosos acreditam que a gente não gosta de alguma imagem (ou roupa, ou acessório, ou quadro…) só por gostar. Eles falam sobre os aspectos implícitos do visual, e um deles é a cartela de cores. Quando comecei a ilustrar, eu sentia muita dificuldade em escolher as cores pra colorir o desenho. Depois de um tempo, passei a educar o olhar e buscar elementos que me agradassem e/ou que deixassem o desenho mais interessante. 
A cartela (ou paleta) de cores sempre me ajuda muito. Vocês podem pensar que ela vai limitar a imaginação, que vai restringir as possibilidades de pintura… Mas pensem também que seguir uma cartela de cores pode ser um desafio e uma experiência incrível: você aprende a trabalhar com “poucas” cores (o que é ótimo quando a gente tá trabalhando pra um cliente, ou mesmo quando a gente quer expressar determinadas sensações com a ilustração), e acaba descobrindo aquele lápis de cor verde-musgo que você nunca tinha usado 🙂 Muitas vezes, é com uma cartela de cores que começo um desenho, porque a própria cor já comunica uma mensagem. E juro que não foi proposital, mas essa paleta combina com a temática das princesas que falei no tópico anterior 🙂 Então vai lá nas suas redes e digita “color chart” ou “color pallete” e seja feliz!
Pra quem é fã do brittish accent que nem eu, digita colour. Brittish accent é amor! ♥
#4 busque seu estilo
Acho que essa é a dica mais preciosa de todas, porque tem a ver com a sua descoberta, a descoberta do seu estilo. E como isso vai acontecer? Depois de algum tempo, e principalmente depois de muita prática. Nesse post, eu falei um pouco sobre a evolução do meu traço, e é impressionante ver o quanto a gente muda em tão pouco tempo, desde que tenha dedicação. Eu estou cada vez mais satisfeita com minhas ilustrações, mas ainda não cheguei onde quero, e demorou muito até eu chegar nesse ponto onde estou.
Buscar por ilustradores é uma das coisas mais enriquecedoras a se fazer pra ter inspiração e construir seu estilo próprio. Cada um deles trabalha vários aspectos de maneira única, o que pode ser motivador pra você começar a desenhar. Não tô dizendo que é pra você sair copiando tudo que eles fazem, e sim pra você observar o trabalho deles e deixar seu coração (nhom!) guardar o que, deles, é bacana pra você. Outra coisa legal é fazer um estudo das ilustrações que você gostar, porque você vai aprendendo as técnicas e ao mesmo tempo vai guardando informações com você. Guarde esses estudos e anote os nomes dos ilustradores que você mais gostar. Depois de algum tempo, esses estudos e esses nomes vão ficar cada vez mais recorrentes (e é normal que apareçam cada vez mais deles, afinal, você estará evoluindo!), até que você vai começar a se “libertar” e fazer suas coisinhas por conta própria. E no final das contas, todas as suas referências vão estar ali, em cada linha, em cada gesto e em cada cor do teu desenho 🙂
Bom, gente, esses são alguns passos que eu sempre sigo quando tô com bloqueio criativo, e quase sempre dá certo 🙂 Tomara que ajude vocês também!
E vocês, o que fazem quando tão com bloqueio criativo? Me contem nos comentários 🙂
Espero que o post tenha sido útil pra vocês!
Beijinhos,
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amaram
    Processo criativo – Flechas
    A teimosia no processo criativo

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