6 setembro 2015 arquivado em: Blog ilustrasunday
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Oi, pessoas! Hoje venho trazer um #ilustrasunday um pouco diferente pra vocês: uma ilustração com várias coisas que deram errado! Como assim?
Senta, que lá vem a história. Passei o dia quase inteiro trabalhando nessa ilustração, e às 22h e pouco, quando finalmente terminei tudo, tive a brilhante ideia de passar verniz, pra segurar o pó do lápis grafite. Não era uma má ideia, afinal, eu só queria proteger a ilustração das impressões digitais alheias.
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Como já diria mamãe, a pressa é inimiga da perfeição, e eu tive uma segunda brilhante ideia: a de secar o verniz com secador. Na minha cabeça, era uma maneira ótima de acelerar o processo, mas o que aconteceu, queridos leitores, é que mesmo usando o jato de ar frio e a uma boa distância, o verniz começou a manchar meu desenho inteiro. Sim, a ilustração que passei o dia inteiro pra fazer
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Tá achando que acabou? Não: tem mais. Além de eu ter perdido minha ilustração inteira, meu quarto ficou impregnado do cheiro do verniz. Sério. Segundos depois, eu já estava tonta, com o nariz entupido, tossindo, os olhos vermelhos e muito mais. E, já passando de meia noite, estava eu pesquisando no pai Google maneiras de tirar esse cheiro terrível do meu quarto. Que dia.
(À título de curiosidade, só amenizou quando cortei uma cebola e deixei num pratinho, em um dos móveis do quarto. Pra ser sincera, deixei do lado da ilustração.)

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(um minuto de silêncio pra essa tragédia)

Talvez a imagem digitalizada não mostre tanto, mas a verdade é que essas manchas ficaram bem ruins. Tem rastro de pincel/verniz no desenho inteiro (dá pra ver melhor na parte do cabelo, e esses “arranhões” brancos nas manchas de tinta). :~
Definitivamente acho que o problema não foi com o verniz (usei o watercolour varnish mat, líquido, da Talens), e sim com uma provável reação química entre ele e as coisas que saem do jato de ar do secador. Eu já tinha usado o verniz antes, na folha simples da Linha Universitária da Canson, deixei secar naturalmente e não aconteceu nada demais – o cheiro também não impregnou no ambiente.
Mas como os erros estão aí pra gente aprender algo com eles, eu não só aprendi, como quero compartilhar com vocês: 

Aconteça o que acontecer, não sequem o verniz com secador. Nada de bom acontece depois disso.

Além disso, confesso que não curti a interação entre o lápis grafite e a aquarela, porque o grafite repele a aquarela de um jeito estranho, que deixa umas “bordas” de tinta mais grosseiras ao redor do desenho. E confesso também que fiquei me sentindo muito melhor depois que coloquei a cebola cortada no quarto. Meus brônquios agradeceram.

Mesmo que tenham acontecido todos esses imprevistos com o #ilustrasunday de hoje, achei bacana vir compartilhar aqui no blog, pra que vocês saibam que nem sempre as coisas dão certo do lado de cá. Eu também estrago meus desenhos. E na verdade, tá tudo bem se eu perdi a ilustração e todas as horas que passei trabalhando nela, junto com os materiais caros e o bordado. Mesmo. O importante foi que curti bastante o processo (menos na parte do verniz), e que tirei vários aprendizados disso (inclusive o de que preciso de um spray fixador apropriado pra desenho urgentemente). 🙂 É vida que segue.
Um ótimo domingo pra vocês!
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amaram

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