20 abril 2013 arquivado em: Blog
Cá estou eu para falar de mais um fim-de-curso. Na verdade, ele terminou oficialmente no dia 06/04, mas acabou que emendou com o começo do Técnica Mista, e eu não parei para vir aqui e fazer a minha lenga-lenga as minhas considerações de sempre.
Então, puxa uma cadeira e senta, que lá vem.

Começa com o meu virginianismo rabugento de acordar cedo em pleno sábado, que logo vai embora depois de um bom banho, depois de organizar a mesa, o lanche, o cheiro do café da minha mãe. E depois vem o medo, a insegurança: será que o pessoal vem? A curiosidade de conhecer a turma, as quatro pessoas que passam a fazer parte da minha casa uma vez em quatro semanas.
rabiscos e experimentos do Rafael
Mas eles vêm, eles não faltam. Eles preenchem as quatro horas – e às vezes até mais – de cada dia com a voracidade de quem quer preencher o mundo. O mundo em cor. O traçado deles em cor e em água, em pigmento, em música boa, pra começar o fim de semana bem. Mesmo com aula.
o olho lindo da Domitila
A mesa lotada, bagunçada, e as quatro horas que parecem voar. A cada dia, um novo passo, e esses meninos me surpreendendo com evoluções cada vez mais incríveis. Orgulho.
retrato ilustrado da Marianna
Orgulho de trazer pra minha casa gente tão legal, tão interessante. Gente que vem da Aldeota, da Messejana, do interior. Gente que acompanha o Retrato Ilustrado desde a primeira edição. Gente que faz moda, jornalismo, gente que já se formou, que já mudou de profissão. Gente de todas as idades. E o meu primeiro aluno -do sexo masculino-, o meu primeiro casal de alunos.
os passarinhos em open-up colour da Cleia
E aí acaba. Eles vão embora, a mesa fica vazia. Eles levam de mim, e eu fico com muito deles. Porque todo curso é assim: eu mais aprendo do que ensino. E eu acho que isso é o que é mais precioso nessas aulas todas: dar-de-si, e receber de volta. O feedback técnico e sentimental. 
Os laços. 
A primeira turma de Retrato Ilustrado com rostos fotografados, bem na sua última edição (pelo menos nesse ano). Uns rostos lindos, que ficariam guardados pra sempre, mesmo sem fotografia.
E a gratidão.
Desde o começo: amigos, conhecidos e empresas/instituições que incentivaram o curso, que divulgaram, que chamaram os amigos, que se inscreveram no mailing, que ficaram chateadas porque o curso foi em Fortaleza. Depois os interessados, os tantos e-mails recebidos, respondidos, enviados. As vagas que sempre se esgotam tão rapidamente. As pessoas que me acalmaram quando eu dizia que não ia dar certo. As pessoas que me fazem acreditar que dá certo. Aos inscritos, a presença, a assiduidade, a confiança, a troca de experiências. Os progressos, os desenhos finais e o orgulho que vocês me dão de presente. À pessoa que foi a causa de tudo isso. À minha mãe, que acordava cedo pra fazer o café e que registrou esse momento.
A gratidão, sempre, a quem me faz acreditar e acredita em mim.
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amaram
    Curso de aquarela – II Edição
    Curso de aquarela – ago + set/2014

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