29 julho 2014 arquivado em: Blog
Fazia tempo que eu queria escrever esse post sobre minha experiência com as aquarelas líquidas, e agora finalmente tô aqui pra dividir essa experiência com vocês! O post foi dividido em duas partes, e essa primeira fala sobre minhas impressões sobre o produto e os primeiros testes e percepções. Esse post não é um publieditorial, é apenas uma compilação de opiniões pessoais 🙂
Comprei um estojo com seis cores de Aqualine em setembro do ano passado e nunca tinha parado pra testar de verdade. Cheguei a usar um pouquinho em algumas ilustrações, mas nada de muita dificuldade. Hoje, eu me sentei com calma pra testar a bonita e aí vão algumas considerações minhas pra vocês:
1. Praticidade
A aquarela líquida é prática porque já vem diluída em água, ou seja: a menos que você queira usá-la mais transparente, não vai ter aquele trabalho de pegar um pouquinho de tinta, pegar um pouquinho de água, misturar no godê… Aqui, a aquarela já está na sua pigmentação máxima, pronta para usar. Isso é ótimo se você for do time das cores-super-saturadas. No meu caso, que gosto de trabalhar primeiro com camadas mais transparentes, acaba ficando a mesma coisa: vou precisar de um pouquinho da tinta, um pouquinho (ou um monte) de água, e misturar no godê.
Um ponto negativo é a dificuldade de coletar a cor. Quando estamos trabalhando com uma cor só, é ótimo; mas, se precisarmos de outra, tem que limpar (limpar muito bem, por sinal!) o pincel e trocar de tinta – o que é péssimo, se a gente pensar que todo aquele pigmento tá indo embora na limpeza do pincel. Pela primeira vez nesses três anos de prática com aquarela, senti falta de um conta-gotas na embalagem.
2. Pigmentação 
Sen-sa-cio-nal. Todas as cores são bem fortes, saturadas e pigmentadas! É tão forte, que se cair na pele, só sai lavando com bastante água e sabão. A que menos gostei foi essa última do sketchbook, que é um violeta. Meus godês de plástico ainda têm manchas dessa aquarela, principalmente da vermelha, que é um absurdo de cor!

3. Solubilidade
Achei super tranquilo diluir com Aqualine, tanto no godê quanto no papel. Como a pigmentação é muito alta, ela demora um pouco pra atingir tons mais transparentes, mas nada demais. Por precaução, é bom fazer testes em um papel de rascunho antes de aguar definitivamente.
4. Rendimento
Acho que essas Aqualines vão ficar pras minhas bisnetas. Sério, a gente precisa de muito pouco pra conseguir um tom bacana! Também devido à alta pigmentação, as aquarelas líquidas rendem bastante.
No fim das contas, acho que tudo é uma questão de costume. Confesso que as dificuldades que mencionei acima – principalmente na hora de coletar cor – me desestimulam um pouco pra treinar com esse material, mas ele é excelente. Na imagem acima, fiz uma aquarela monocromada rapidinho, só para experimentar os tons que a tinta preta poderia me oferecer, e testar a solubilidade… E adorei, mesmo. O problema, pra mim, é quado chega a hora de misturar cores… Aí bate aquela preguiça.
Talvez vocês estejam se perguntando se é mais difícil usar aquarela líquida ou em bisnaga, né? Bom, eu acho que as duas experiências são muito válidas mas, pra quem tá começando com aquarela, sempre vou recomendar as bisnagas. Tanto pelo preço, quanto pela liberdade que você tem de misturar as tintas sem nenhuma outra preocupação senão… misturar.
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A segunda parte desse post vem com uma ilustração feita só com aqualines (prevejo momentos de tensão), minhas percepções durante o processo e as considerações finais! 🙂
E é isso, gentes! Espero que tenham curtido o post 🙂
Quem já usou aquarela líquida, pode deixar sua opinião nos comentários! Ah! Algum leitor já usou a Ecoline? E quem nunca usou nenhuma das duas, pode falar se ficou na vontade ou se descartou de vez a possibilidade. Me contem!
Beijos e até o próximo post!
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amaram
    Andei experimentando: Aqualine (pt. 2)
    Ilustrasunday #17

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