24 fevereiro 2015 arquivado em: Blog materiais

Quando perguntei no instagram (@julianarabelo_art) qual material vocês queriam ver na tag equipamentos desse mês, a resposta foi quase unânime: marcadores. Eu já tinha feito um post sobre os marcadores Tombow (clique aqui pra ler), e hoje resolvi mostrar pra vocês meus marcadores, além de dar algumas dicas de como usar. No final do post, tem um videozinho que fiz mostrando como eu pinto com Copics. Simbora!
Marcadores à base de água

Significa que a tinta é solúvel em água. Nessa categoria, eu tenho marcadores da Tombow (que apresentei melhor aqui) e da Koi – Sakura. Na minha opinião, os da Koi (cores à direita) têm mais pigmentação, e o pincel é mais firme. Se você prefere cores menos fortes, o ideal são os marcadores da Tombow. A cobertura dos dois é excelente.
Os marcadores Tombow têm duas pontas (uma cônica e outra tipo pincel), e os da Koi possuem apenas a ponta pincel.
Para fazer degradê, você precisa de marcadores de cores próximas. No exemplo acima, eu usei meus três tons de rosa. No primeiro exemplo, comecei com o marcador mais claro e fui acrescentando os mais escuros – um resultado bem marcado.
No exemplo mais abaixo, comecei com o marcador mais escuro e fui adicionando as cores mais claras por cima: o resultado fica mais suave. A Tombow dispõe de uma caneta que se chama blender, que serve exclusivamente para misturar as cores; eu não possuo o blender, então não posso dizer se funciona ou não :~
Uma coisa bacana sobre os marcadores à base de água é que, por terem essa composição, eles podem ser aquarelados 🙂 É só passar um pincel úmido por cima da tinta e ver a mágica acontecer.

Marcadores à base de álcool


Esses têm um cheiro bem forte de álcool, e não são solúveis em água. Nessa categoria, eu tenho marcadores das marcas Copic e Tria. Existem outras marcas como a Promarker e Magic Color (nacional), mas essas nunca testei. Vamos começar com as Copics.

Assim como a Tombow, a Copic tem duas pontas: a ponta tipo pincel e a tipo marcador de texto. Na imagem cima, vocês conseguem ver direitinho os ‘efeitos’ de cada uma. Eu gosto de colorir usando a ponta pincel, mas a ponta de marcador é bacana pra dar uns efeitos mais geométricos.
É muito mais fácil conseguir efeitos de degradê com as Copics! Usando um marcador de cor mais clarinha, já é possível conseguir vários tons só sobrepondo várias camadas de tinta. Com cores diferentes, o gradiente fica ainda mais bonito. Com as Copics, é tranquilo começar do escuro pro claro, mas no mais das vezes, prefiro fazer o movimento inverso.
Para facilitar a transição de cores, faça uma variação de pressão na mão: comece com mais pressão e vá diminuindo à medida que for finalizando a traçada. Com essa mesma variação, você consegue aquele “efeito caligráfico” da montagem mais acima. Experimente variar a força na mão e observe os resultados que você pode conseguir 🙂
Esse passo-a-passo fotografado pode explicar melhor o que quero dizer:
Uma curiosidade bacana sobre as Copics: o código dos marcadores indica as cores “principais” que fazem parte da cor que você tem. Nesse turquesa, cujo código é BG, B significa blue, e G, green. Quer dizer que, na cor turquesa, são misturadas uma quantidade de azul e outra de verde. 😀
Os marcadores TRIA me ganharam pela versatilidade: são três pontas! Uma em formato de pincel (mais fina que todas as outras marcas), outra em formato de marcador, e a última é uma ponta bem fininha ♥ A qualidade não é tão boa – a regulagem da tinta que sai na hora que você tá pintando é meio falha, e acaba saindo mais do que você precisa. De todos os marcadores, esses são os que menos uso, mas decidi mostrar mesmo assim, pra vocês saberem que eles existem 🙂
Resumo da ópera
pra você que não teve paciência de ler tudo, aqui vai um resumão das minhas impressões sobre os marcadores.


– Marcadores à base de água são mais difíceis de conseguir efeitos de luz e sombra e degradê, ou seja: a pintura fica com rastros do marcador; por outro lado, não precisam de folha especial (uma 40kg já resolve) para serem utilizados.
– Dos marcadores à base de álcool que já testei, as Copics são as minhas preferidas. Dá pra conseguir variação de tom usando uma só cor, e a pintura fica menos marcada. A desvantagem é que, mesmo usando um papel mais grosso (nesse post, usei papel pra aquarela do meu Moleskine), a tinta passa pro outro lado.
– Existe um tipo específico de papel para marcadores, e se chama bleedproof, que significa “à prova de sangramento”, ou seja: é um papel que não deixa a tinta passar pro verso.
Ilustradores que utilizam a técnica do marcador

Como eu não tenho muita afinidade com os marcadores, separei pra vocês alguns ilustradores que trabalham com eles com maestria 🙂 Confiram o trabalho da Luiza de Souza (Posca), do Vitor Martins (Tombow) e da Clau Cicala (Copics).
Onde comprar?

De todas essas marcas que citei no post, a Copic é a única que possui loja online própria aqui no Brasil (confira). Para comprar os demais, confira esse índice de lojas online e pesquise qual possui as melhores condições pra você 🙂
Bônus!
um vídeo com uma demonstração de como eu pinto com Copic 🙂


Fica difícil explicar com palavras e fotos como pintar com os marcadores, então gravei esse vídeo rapidinho pra mostrar como é o passo a passo do meu processo de pintura. Procurando no YouTube, você encontra pessoas bem mais habilidosas do que eu fazendo coisas inacreditáveis! O processo durou pouco mais que 10 minutos.
O post ficou bem longo, mas acredito que falei tudo que sei e aprendi sobre marcadores. Em um próximo post, posso falar sobre os marcadores permanentes e sobre como conservar seus marcadores. O que acham?
Espero que o post tenha sido útil pra vocês! Se tiver ficado alguma dúvida, deixa aqui nos comentários 🙂 E se você curtiu, não deixe de mostrar pros seus amigos, de compartilhar, dar joinha, se inscrever no canal e tudo mais. O apoio de vocês é fundamental pra que eu continue com meu trabalho ♥
Beijinhos!
4
amaram
    Marcadores Tombow + Tutorial
    Andei experimentando

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35 Comentários